• Ivan Nunes
• 11/03/2025 - 251 Leituras

Cidades

Trip 10 acusa SMTT de perseguicao

Nos últimos dias, trabalhadores do aplicativo Trip10 têm denunciado uma verdadeira perseguição por parte da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de União dos Palmares. Segundo relatos, o Secretário de Governança, Jadilson Vasconcelos, teria recebido uma ordem direta do Presidente da Câmara Municipal para intensificar a fiscalização exclusivamente contra os motoristas do aplicativo, ignorando outras irregularidades no trânsito da cidade.

Motoqueiro do Trip10 Cercado e Ameaçado por Mototaxistas

A situação se tornou ainda mais grave quando um motorista do Trip10 foi cercado por membros da Associação de Mototaxistas e teve sua vida ameaçada. O trabalhador relatou que foi intimidado por um grupo de mototaxistas que, insatisfeitos com a concorrência do aplicativo, o abordaram de forma agressiva. A vítima teme por sua segurança e cobra providências das autoridades.

Fiscalização Seletiva e Ilegalidades Ignoradas

O que mais revolta os trabalhadores do aplicativo é a seletividade da fiscalização. Enquanto a SMTT intensifica as multas e autuações contra os motoristas do Trip10, os mesmos agentes fazem vista grossa para diversas irregularidades no transporte alternativo da cidade.

Além disso, há um funcionário do Detran, cedido ao município com ônus ou seja, recebendo salário tanto do Estado quanto da Prefeitura, o que configura improbidade administrativa. Enquanto isso, os agentes da SMTT são direcionados para autuar motoristas do Trip10, ignorando o caos no trânsito da cidade.

Em conversas com transportadores, constatou-se que a maioria dos mototaxistas opera de forma irregular. Segundo relatos, grande parte das praças são alugadas por R$ 1.500,00 mensais, sem que os condutores tenham placa vermelha, curso de formação ou alvará em seus nomes, requisitos obrigatórios para a atividade.

Por que a SMTT não fiscaliza todos?

Diante desse cenário, surge a pergunta: por que a SMTT não fiscaliza todos os transportadores de forma igualitária? O princípio da impessoalidade, previsto na Constituição, está sendo claramente desrespeitado. Se há regras a serem cumpridas, elas devem valer para todos, e não apenas para os trabalhadores do Trip10.

A população e os motoristas do aplicativo aguardam uma resposta das autoridades e exigem fiscalização justa e transparente, sem perseguições políticas ou interesses ocultos.