A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações que apuram fraudes na aquisição de kits de robótica, após encontrar 11 menções de pagamentos a uma pessoa identificada como "Arthur" nas anotações dos investigados.
Suspeita-se que esse "Arthur" citado nas planilhas seja o deputado Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara dos Deputados. Devido à posição parlamentar do suspeito, é necessária a autorização do STF para dar continuidade às investigações. A informação sobre o envio do caso ao Supremo foi divulgada pelo jornal O Globo.
As referências a "Arthur" foram reveladas no último domingo por uma reportagem da revista piauí. Os valores mencionados pelos investigados totalizam 265 mil reais e estão registrados nas anotações de Luciano Cavalcante, ex-assessor do presidente da Câmara, e de Wanderson Ribeiro Josino de Jesus, motorista do aliado do deputado. O caderno-caixa foi apreendido na residência de Jesus, de acordo com a reportagem. Segundo o relato da matéria, as anotações com o nome "Arthur" são referentes a este ano.
A maior parte dos pagamentos, conforme o caderno-caixa dos investigados, ocorreu em 28 de abril. Também existem anotações que, segundo a PF, podem mencionar a mãe do atual presidente da Câmara. Todos os pagamentos, afirmam os investigadores, teriam sido realizados por Wanderson a pedido de Luciano Cavalcante.
O relatório divulgado no domingo revelou que os agentes também apreenderam, no endereço de Cavalcante, "duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação" e documentos diversos relacionados à pessoa de Arthur César Pereira (encontrados na gaveta)".
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